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Rio das milícias: 26% dos cariocas concordam com ação de “justiceiros”

Policiais discutindo perto de homens olhando para dentro de ônibus
Homens realizando “blitze” em ônibus que liga subúrbio a bairros como Copacabana – Reprodução/Agência O Globo

No Rio de Janeiro, uma pesquisa recente conduzida pelo GPP revelou que impressionantes 78% da população acreditam que a criminalidade aumentou este ano. De acordo com o blog de Ancelmo Gois no jornal O Globo, além disso, chama atenção o fato de que 26% manifestaram apoio às ações de “justiceiros”, em um cenário semelhante ao ocorrido recentemente em Copacabana.

A recente onda de violência na Zona Sul carioca despertou a ressurgência de grupos autodenominados “justiceiros”, algo já observado em 2015. Através de grupos de WhatsApp, esses indivíduos se organizam para “caçar” aqueles que cometem crimes na região.

Um membro do grupo União dos Crias expressou sua disposição em retaliar, afirmando: “Eu vou partir assim [com soco-inglês], quebrar osso da cara. Deixar eles [SIC] pior do que eles deixaram o coroa”. Essa declaração está relacionada ao ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, que foi agredido na Avenida Nossa Senhora de Copacabana enquanto tentava defender a personal trainer Natália Silva.

Na ocasião, a Polícia Civil emitiu uma nota informando que estava ciente da gravidade do problema e que diligências estavam em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos.

Em síntesa, ao analisar os dados da pesquisa não há como não relacionar à cultura de milícias que impera no Estado.

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