Rio de Janeiro tem mais de 30 bunkers da Segunda Guerra sob edifícios do Centro e da Zona Sul

A riqueza histórica do Rio de Janeiro vai muito além dos suntuosos prédios art nouveau e art déco. Sob praças e edifícios do Centro e da Zona Sul, o passado da cidade guarda um segredo: bunkers antiaéreos construídos durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo uma pesquisa da arquiteta Isabella Cavallero, formada pela UFRJ, pelo menos 33 prédios cariocas, erguidos por volta de 1942, possuem esses abrigos escondidos. Hoje, muitos desses espaços — pensados para proteger a população de possíveis ataques — funcionam como estacionamentos, depósitos e até residências, passando despercebidos pelos cariocas e turistas.
Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra, após ataques a embarcações e rompimento de relações diplomáticas com países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), o então presidente Getúlio Vargas decretou novas medidas de segurança. Em 1942, o Decreto-Lei 4.098 obrigava prédios com mais de quatro andares e área superior a 1.200 metros quadrados a contar com abrigos antiaéreos.
Durante a pandemia, após se mudar para Berlim, Isabella aprofundou seus estudos sobre o estilo brutalista e decidiu investigar o passado subterrâneo do Rio. Em sua pesquisa, identificou 33 edifícios com abrigos antiaéreos, como o subsolo da Praça dos Expedicionários, no Centro, e a Galeria Menescal, em Copacabana.
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