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Rio: Sobe para 15 o número mortos em ação da PM no Morro do Fallet

O Estado de S.Paulo informa que subiu para 15 o número de mortos em ações da Polícia Militar em morros do Rio. A operação do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais, tropas de elite da PM, havia deixado 13 mortos no Morro do Fallet, no Rio Comprido, região central, na última sexta-feira, 8. Moradores da comunidade, no entanto, encontraram mais dois corpos no domingo, 10. A ação da PM também se estendeu por comunidades vizinhas, como Coroa e Fogueteiro, no mesmo bairro, e também ao Morro dos Prazeres, em Santa Teresa. A Defensoria Pública do Rio vai acompanhar e dar assistência às famílias dos mortos no Fallet.

De acordo com a publicação, a mãe de uma das vítimas, Tatiana Antunes de Carvalho, foi ao Ministério Público do Rio e pediu ajuda. Segundo ela, os rapazes foram executados e não houve troca de tiros. O filho dela, Felipe Guilherme Antunes, de 21 anos, teria morrido a golpes de faca, sem levar nenhum tiro. “Eles mataram todo mundo. Barbarizaram a comunidade à toa, à toa. Eles são assassinos. Não foi só o meu filho, não. Eu preciso de Justiça, meu Deus. Eles mataram meu filho de faca. Eles são covardes”, afirmou Tatiana, que também é tia de Enzo Carvalho, outra vítima da ação policial.

“Eles (os policiais) não pegaram o menino com nada. Não importa o que eles eram. Eles tinham que prender. Meu filho não tinha um tiro. Não teve trocação de tiro nenhuma. Meu filho morreu a facada. Quebraram o crânio dele, quebraram o pescoço do meu filho”, afirmou Tatiana, segurando o atestado de óbito de Antunes. “Eles não têm direito de chegar na comunidade e fazer o que eles fizeram. Eles não tinham mandado nenhum para sair matando. Eu vou até o final. Não vou me calar”, completa o Estadão.

Operação policial no Fallet que gerou uma chacina. Foto: Reprodução/YouTube