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Rio teve em média uma criança morta por “bala perdida” por mês em 2020

Emilly (de óculos) e Rebecca morreram após serem baleadas em Duque de Caxias. Foto: Reprodução/Jornal Extra

Do Jornal Extra.

Neste sábado, as primas Rebecca Beatriz Rodrigues Santos, de 7 anos, e Emilly Victoria da Silva Moreira Santos, de 4, foram enterradas em Duque de Caxias, na Baixada. Elas morreram ao serem baleadas na porta de casa, na noite de sexta-feira, na comunidade Barro Vermelho, em Gramacho, na mesma cidade da Baixada Fluminense. Segundo a ONG Rio de Paz, que acompanha casos de crianças mortas vítimas de armas de fogo desde 2007, com Emilly e Rebecca, sobe para 12 o número de meninas e meninos assassinados ao serem baleados somente em 2020. Uma média de um por mês.

Rebecca e Emilly foram sepultadas em gavetas, lado a lado, numa cerimônia que reuniu mais de cem pessoas no Cemitério Nossa Senhora das Graças, em Duque de Caxias.

Emilly completaria 5 anos no próximo dia 23 e ganharia sua primeira festinha de aniversário — por dificuldades financeiras, a família da menina nunca havia conseguido juntar dinheiro para realizar o evento. Seria uma comemoração apenas para os parentes mais próximos, por causa da pandemia do novo coronavírus. O tema seria a personagem Moana, e uma roupinha da personagem já havia sido comprada. Ontem, no enterro, Emilly foi sepultada com a fantasia de seu desenho favorito.

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