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Rio ‘tirou’ 669 mendigos das ruas para Copa, diz Ministério Público

Números divulgados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) mostram que a Prefeitura carioca retirou 669 mendigos das ruas – muitos de forma compulsória – levando-os para o Abrigo Rio Acolhedor (Paciência), entre os dias 20 de maio e 2 de junho deste ano, às vésperas da Copa do Mundo.

Polêmico, o local é alvo de denúncias de superlotação e má higiene e, de acordo com uma liminar judicial, não poderia mais receber novos abrigados desde maio.

O MPRJ deve entrar com petição na Justiça nos próximos dias para reiterar o pedido de fechamento total do local, alegando lotação além da capacidade e outras irregularidades.

A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social (SMDS) nega que tenha executado recolhimentos forçados, e diz que suas ações com essa população visam “ao acolhimento e ao restabelecimento dos vínculos (destas) com a família e a sociedade”.

Mas, de acordo com a promotora Patrícia Villela, que coordena o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Cidadania do MPRJ, a administração municipal estaria descumprindo a liminar da juíza Gisele Guida de Faria, da 9ª Vara da Fazenda Pública, que determinou em maio deste ano que todos os colchões do Abrigo de Paciência fossem trocados e que o abrigo não recebesse mais nenhuma pessoa devido à superlotação.

A Prefeitura do Rio rejeita as acusações de que esteja promovendo o que o MP e outros críticos classificam como uma política de “higienização” ou “limpeza social”, retirando os mendigos das áreas mais turísticas da cidade durante a Copa.

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