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Roberto Jefferson diz que judeus “sacrificavam crianças” e Instagram exclui publicação

Do Sonar

Roberto Jefferson

Denunciada no último sábado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), uma publicação do ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente Nacional do PTB, foi removida pelo Instagram, conforme informou a plataforma ao Sonar nesta segunda-feira. A mensagem associava a comunidade judaica à prática do infantícido e levou a Conib a elaborar uma notícia-crime contra o político, que será denunciado por antissemitismo — o preconceito contra judeus, que pode ser enquadrado juridicamente no crime de racismo.

De acordo com o Instagram, o conteúdo foi removido porque a empresa “não permite o compartilhamento de conteúdo que ataque pessoas com base em raça, etnia, nacionalidade, religião ou orientação sexual, classe social, sexo, gênero, identidade de gênero, doença ou deficiência”. A exclusão da mensagem ocorreu ainda no sábado, horas após a Conib ter emitido uma nota informando que havia denunciado a publicação à plataforma e que uma queixa seria prestada na polícia.

No conteúdo removido, Roberto Jefferson escreveu: “Baal, deidade satânica, cananistas e judeus sacrificavam crianças para receber sua simpatia. Hoje, a história se repete”.

Para a Conib, o ex-parlamentar utilizou “uma das formas mais vis de atacar os judeus” em uma mensagem que “caracteriza crime de racismo”. A nota da instituição também lembrou que “Todo crime de racismo é repugnante e deve ser punido com o máximo rigor da lei”: “A história já nos mostrou, da forma mais dura e bárbara, como o racismo e o discurso de ódio são responsáveis pelos episódios mais terríveis da humanidade”. (…)