Rosa Weber será a relatora da notícia-crime contra Bolsonaro por discurso golpista a embaixadores

Nesta quarta-feira (20), a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, foi sorteada como relatora do pedido de investigação feito por deputados da oposição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), após suas falas sobre o sistema eleitoral em reunião com embaixadores, na última segunda-feira (18).

Rosa assumirá a presidência do STF em setembro, mas a escolha da magistrada nesta ação foi por sorteio, de acordo com o site Poder360. Como de costume, ela deverá encaminhar a solicitação dos congressistas à PGR (Procuradoria Geral da República) – órgão responsável para investigar e propor denúncias.

Um dia após o discurso de Bolsonaro, na terça-feira (19), os deputados apresentaram ao Supremo uma uma notícia-crime contra o chefe do Executivo. Em suas falas, o presidente colocou em pauta a veracidade das urnas eletrônicas novamente, além de realizar ataques não apenas ao processo eleitoral mas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dizendo que ele tem um comportamento que “não se adequa ao sistema democrático”.

“O presidente da República premeditou o crime que cometeu. Marcou dia, hora e convidou embaixadores de nações estrangeiras para testemunharem o grave delito contra a democracia e contra o Brasil”, aponta a notícia-crime.

“O representado atentou contra o livre exercício das atribuições legais do TSE […], contra o exercício dos direitos políticos dos cidadãos brasileiros ao questionar sem nenhum fundamento o possível resultado das eleições pelo sistema eletrônico de votação, abalou a segurança interna do país com o discurso claramente golpista e autoritário, diante de representantes oficiais de Estados estrangeiros, e ainda agiu com evidente improbidade administrativa, usando indevidamente recursos públicos para fins pessoais, eleitoreiros”, continuou.

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