Rua Augusta, em São Paulo, vira esgoto a céu aberto: “Cheiro insuportável”
Há cerca de um mês, o famoso ponto turístico da rua Augusta, no centro de São Paulo, tem sido palco de um problema que afeta moradores, trabalhadores e visitantes: o mau cheiro provocado pelo esgoto que ocupa as sarjetas do local. O odor insuportável é a principal reclamação de quem circula pela região. “É um cheiro insuportável. Estou convivendo com isso durante toda a tarde, porque trabalho bem aqui em frente. É um descaso”, relatou ao Uol uma mulher que preferiu não se identificada.
Na última semana, o esgoto chegou a invadir imóveis, causando prejuízos significativos aos comerciantes. Márcio Tayae, dono de um estacionamento na altura do número 2854, no Jardins, afirmou que já gastou cerca de R$ 30 mil com aluguel de bombas para retirar o esgoto e ainda deve arcar com custos de limpeza. “Estou processando a Sabesp”, disse ele.
A situação se agravou após as fortes chuvas de 24 de janeiro, quando a capital paulista registrou 125,4 mm de precipitação, o terceiro maior volume desde 1961. A Sabesp, por sua vez, alegou que vistorias constataram que a rede de esgotos está operando normalmente. A companhia atribuiu o problema à água proveniente de uma obra em um prédio desabitado, mas não especificou qual imóvel seria.
Enquanto isso, comerciantes como Dieylla Gomes, gerente de um salão na rua Augusta, enfrentam prejuízos. “Foi uma destruição. Já gastei cerca de R$ 50 mil com reforma hidráulica, geladeira e novos móveis”, contou. Ela também está em contato com advogados para avaliar a possibilidade de processar a Sabesp.
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