Rubens Paiva: Certidão de óbito é corrigida para morte violenta causada pelo Estado

A certidão de óbito do ex-deputado federal Rubens Paiva foi oficialmente corrigida nesta quinta-feira (23), mesmo dia em que o filme Ainda Estou Aqui foi indicado a 3 categorias no Oscar 2025. Agora, o documento registra a causa da morte como “não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964”.
A atualização foi realizada pelo Cartório da Sé, localizado na cidade de São Paulo, e destaca que Rubens Paiva desapareceu em 1971. Anteriormente, a versão emitida em 1996, após ação judicial movida pela esposa, Eunice Paiva, mencionava apenas o desaparecimento do ex-deputado, sem detalhar a causa da morte.
A correção faz parte de uma resolução aprovada por unanimidade pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determina a retificação das certidões de óbito de 202 mortos durante a ditadura militar. Além disso, as 232 pessoas desaparecidas no regime também terão direito à emissão de atestados de óbito, com registros que reconhecem as vítimas como alvo da violência de Estado.
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