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Saiba o que se come nos lugares mais frios do mundo

Mulher comendo no frio. Foto: ilustração

Em regiões onde o frio extremo é parte da rotina, a comida vai além do sabor: ela aquece, nutre e ajuda o corpo a resistir às baixas temperaturas. Nos lugares mais gelados do planeta, a alimentação é rica em gordura, proteínas e calorias — uma necessidade fisiológica em climas onde o termômetro facilmente mergulha abaixo dos -30 °C. Cada cultura encontrou à sua maneira formas de manter o corpo aquecido e a mesa farta, mesmo sob neve, gelo e ventos cortantes.

Na cidade de Norilsk, na Sibéria (Rússia), uma das mais frias e isoladas do mundo, pratos tradicionais como o borsch (sopa de beterraba com carne) e o pelmeni (massa recheada de carne servida quente) são consumidos com frequência. O uso de caldos fortes, carnes de caça e alimentos fermentados é comum, devido à escassez de vegetais frescos durante o longo inverno.

Já em Yellowknife, no Canadá, capital dos Territórios do Noroeste, o frio intenso da região ártica é enfrentado com pratos típicos como o chili com carne, sopas espessas, pães rústicos e o consumo de peixes defumados ou grelhados, como o salmão e o lúcio-do-norte. A culinária indígena também influencia os hábitos locais, com uso de carnes de caça como alce e búfalo.

Na cidade de Ulaanbaatar, capital da Mongólia — considerada a capital mais fria do mundo —, as refeições são baseadas em carne de cordeiro, leite fermentado e caldos encorpados como o tsuivan (macarrão frito com carne e legumes) e o buuz (espécie de bolinho cozido no vapor). A gordura animal é valorizada como fonte de energia e proteção térmica.