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Saiba onde mais se consome ultraprocessados no Brasil

Alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar. Foto: Freepik

Um estudo inédito da USP revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil varia drasticamente entre os municípios. Segundo os dados, Florianópolis aparece no topo, com 30,5% das calorias diárias provenientes desses produtos. No outro extremo, Aroeiras do Itaim, no Piauí, registra apenas 5,7%. A média nacional é de 20%, com destaque para o alto consumo nas regiões Sul e Sudeste.

A pesquisa, liderada pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP), usou dados do IBGE e aponta que os ultraprocessados — como refrigerantes, salgadinhos e macarrão instantâneo — estão associados a pelo menos 32 problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão e até câncer. Esses alimentos têm alto teor de açúcar, gordura ruim e aditivos químicos, mas são pobres em nutrientes, o que agrava seus efeitos sobre o organismo.

O conceito de ultraprocessados foi desenvolvido pelo próprio grupo da USP com a classificação Nova, que divide os alimentos em quatro categorias. O estudo alerta que o consumo frequente desses produtos afeta diretamente a regulação do apetite e contribui para quadros inflamatórios. Médicos reforçam a importância de reduzir o consumo e priorizar alimentos in natura ou minimamente processados para manter a saúde em dia.