Apoie o DCM

Santa Catarina tem células da Ku Klux Klan, diz pesquisadora

Cartazes em Blumenau às vésperas da Oktoberfest

Do NSC Total:

Um dado em especial chama atenção na pesquisa da antropóloga Adriana Dias, que mapeou grupos neonazistas no Brasil: a identificação de duas células da “Ku Klux Klan” em Santa Catarina. Não há meias palavras para designar o que representa a organização, que nasceu nos Estados Unidos no século 19. É um grupo que prega a supremacia branca. Uma organização racista.

Racismo é crime no Brasil desde a Constituição de 1988. Foi regulamentado em lei, que prevê pena de prisão. Integrantes de um grupo que defende “superioridade e pureza racial” em SC são muito mais do que uma associação de mau gosto. São criminosos.

A imagem de um membro da Ku Klux Klan foi usada para ilustrar os cartazes colados em 2017 em um poste e na parede da casa de um ativista e advogado negro, Marco Antônio André, Blumenau. Dois anos depois, o Ministério Público ainda não denunciou ninguém pelo crime – embora a Polícia Civil tenha identificado e prendido suspeitos.

Marco Antônio disse à coluna que saber da existência de células da Ku Klux Klan em Santa Catarina – mais especificamente em Blumenau, onde ele mora e atua – não o surpreende. Estamos em um país profundamente racista, lembra o advogado.

(…)