Se coronavírus se espalhar, não há sistema de saúde que dê conta, alerta médica em quarentena no Brasil
Da Folha
Única infectologista na equipe médica que estava na operação de resgate de brasileiros em Wuhan, epicentro do novo coronavírus na China, coube à Ho Yeh Li, 46, orientar sobre medidas de proteção dentro do voo e explicar a oficiais chineses, em mandarim, que o embarque só ocorreria após avaliação médica.
“Vamos fazer exames nem que seja no pé da escada do avião”, disse ao oficial, que, após resistência, concordou com o pedido.
Coordenadora da UTI de infectologia do Hospital das Clínicas da USP, Ho afirma que a medida de quarentena em Anápolis (GO) é suficiente para descartar o risco de uma infecção desse grupo. (…)
Segundo ela, embora a taxa de mortalidade até o momento seja de 2%, a rede de saúde não pode negligenciar o risco do novo coronavírus, uma vez que, por se tratar de vírus novo, pessoas estão suscetíveis.
“Se o vírus se espalhar como na época do H1N1, não há sistema de saúde que atenda tantos doentes”, afirma. (…)