“Se não fosse o tratamento precoce, o colapso já teria acontecido”, diz Zema

Em entrevista à Leda Nagle, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou que “se não fosse o tratamento precoce, o colapso já teria acontecido”.
O governador bolsonarista defendeu o uso do kit covid (cloroquina, ivermectina e azitromicina) e diz que as drogas mostraram resultados no tratamento de pacientes do estado.
“Entre o início da pandemia, que foi em abril do ano passado, e o mês de agosto, nós tivemos uma melhoria muito grande no que diz respeito ao tempo que as pessoas ficavam internadas exatamente por causa do tratamento precoce”.
Os medicamentos seguem sem nenhuma comprovação científica de sua eficácia e ele defende o mesmo discurso do governo federal: de que a decisão deve ser tomada entre o médico e o paciente.
“O protocolo precoce, vale lembrar, pode ser utilizado por cada médico. Ele não pode ser é imposto, forçado pelo estado. Porque muitos deles ainda não têm uma comprovação científica, que dê o conforto para o gestor da Secretaria de Saúde ou do Ministério da Saúde”, afirmou o governador.
Apesar de Bolsonaro defender o uso do kit covid como inofensivo e dizer que “pelo menos não matou ninguém”, as drogas têm causado mortes, insuficiência renal, hemorragias e até arritmia.
O governador reproduz o discurso mortal.