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“Se o Brasil dependesse apenas das autoridades, a pandemia seria pior”, diz epidemiologista

© AP Photo / Lucas Dumphreys

Do SPUTNIK:

Em 26 de fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde, ainda sob o comando de Luiz Henrique Mandetta, confirmou o primeiro caso de COVID-19 no Brasil. De lá para cá, passaram-se oito meses de convívio com a pandemia e o país se aproxima da triste marca de 160 mil mortes e quase 5,5 milhões de pessoas infectadas.

Em boa parte do país, proliferam as críticas às autoridades sob a alegação de que o foco na recuperação da economia poderia favorecer a chegada de uma possível segunda onda, enquanto uma parcela significativa da população comporta-se como se a pandemia tivesse acabado.

Desenvolvimento científico e tecnológico

Para Guilherme Werneck, médico epidemiologista e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), esses oito meses mostraram que houve muitos avanços no campo científico, apesar de o conhecimento ser ainda incipiente. (…)

Resposta das autoridades brasileiras

Já em relação ao comportamento das autoridades brasileiras, o médico epidemiologista foi enfático: “Se o enfrentamento da COVID-19 dependesse delas apenas, o Brasil estaria em uma situação muito pior, pois a maior parte dessas autoridades, a começar pelo governo federal, está dando uma resposta à pandemia que não se alia ao conhecimento científico”, frisou. Para Werneck, a resposta das autoridades é relativamente pífia, pois não tem qualquer embasamento no conhecimento científico acumulado até o momento.

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