Secretário-geral da ONU diz que holocausto “definiu as Nações Unidas”

António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), disse, nesta quinta-feira (27), que o Holocausto “definiu” a entidade. Ele defendeu o combate contínuo ao antissemitismo, intolerância religiosa e racismo.
A declaração foi feita em uma mensagem de homenagem pelo Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, celebrado hoje. Atos ao redor do mundo marcaram a data.
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Guterres lembrou dos cerca de 6 milhões de judeus que foram mortos pelo nazismo e “outras inúmeras vítimas de um horror sem precedentes de crueldade calculada”. Ele destacou que o próprio nome da ONU remete à “aliança que lutava contra o regime nazista e seus aliados”.
O secretário-geral lamentou, também, o “reaparecimento alarmante” da xenofobia e do ódio e as tentativas recentes de negar a existência do Holocausto
“Nenhuma sociedade está imune à irracionalidade ou à intolerância”, disse.
Dez fatos sobre o campo de concentração de Auschwitz. Por Heike Mund
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto lembra o genocídio cometido pelos nazistas. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido mortas em Auschwitz-Birkenau, a grande maioria judeus.
Mais de 49 milhões de pessoas já visitaram o memorial no antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia, desde a sua abertura, em 1947. A cada ano, o local recebe mais de 2 milhões de visitantes vindos de todas as partes do mundo, mas, com a pandemia de coronavírus, o número caiu para cerca de 500 mil.