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“Seita do sexo”: Religioso fingia ser “professor da palavra” para abusar de crianças

Homem de terno com livro religioso nas mãos durante pregação – Foto: Reprodução

Relatos de ex-integrantes das Testemunhas de Jeová revelam histórias de abuso e traumas profundos por trás da aparente serenidade da doutrina religiosa. Em entrevista ao Metrópoles, novas vítimas que cresceram no grupo, hoje por elas classificado como “seita”, descrevem um sistema de controle e violência camuflado por promessas de paz e harmonia espiritual.

Um dos denunciantes foi abordado aos 11 anos por membros da religião. “Era só um garoto curioso”, lembrou. O convite inicial, envolto em “palavras brandas e olhares gentis”, deu lugar a um ambiente de cobrança constante. “Aquilo parecia mais do que uma religião. Era uma estrutura”, afirma. Aos 12 anos, durante visitas supostamente religiosas, ele foi abusado sexualmente por um dos “servos” do grupo.

“Ele usava as palavras do evangelho enquanto me tocava”, relatou a vítima. O abusador justificava os atos como “perdoados por Deus” e manipulava a doutrina para silenciar a vítima. “Meu corpo estava ali, mas minha alma já tinha fugido”, desabafou. O caso não foi isolado: outros ex-membros relatam punições severas, expulsões e abusos psicológicos encobertos pela liderança religiosa.

As Testemunhas de Jeová, conhecidas por sua discrição, não se pronunciaram sobre as denúncias.