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Sem respaldo de Bolsonaro, Doria desiste de usar todas as doses disponíveis da Coronavac

João Doria e Jair Bolsonaro.
Imagem: Reprodução/Redes Sociais e Marcos Corrêa/PR

De Thiago Amâncio na Folha de S.Paulo.

Sem respaldo do governo federal, o governo de São Paulo desistiu da ideia de aplicar todas as doses disponíveis hoje da vacina contra a Covid-19 na primeira dose.

A Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório Sinovac e produzida em parceria com o Instituto Butantan, requer duas doses para garantir a imunização contra a Covid-19. As diretrizes do Ministério da Saúde defendem que secretarias de Saúde reservem 50% das doses das vacinas em estoque para a segunda dose.

A gestão João Doria (PSDB) é contra a ideia e afirma que é melhor aplicar no máximo de pessoas possível a primeira dose agora e oferecer a segunda dose a partir das futuras remessas de vacina do Butantan, dentro do intervalo máximo de 28 dias.

Mas, sem confirmação do governo federal e sem a garantia de que haveria mais vacinas no futuro, a gestão João Doria afirmou nesta sexta (29) que metade das doses disponíveis ficará guardada para a segunda aplicação.

“O questionamento que foi feito ao ministório [da Saúde] foi se nós poderíamos utilizar essas doses que foram guardadas para ampliar de forma mais célere a imunização, e [pedimos] que o ministério desse uma garantia de que naquele prazo da segunda dose nós teríamos mais vacinas. Isso não foi colocado pelo ministério. Então, por uma questão de segurança e respeito a todos que foram imunizados, nós mantivemos essas doses guardadas”, afirmou o secretário da Saúde de SP, Jean Gorinchteyn.

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