Sem Roberto Jefferson, PTB e Patriota se unem em novo partido

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Nesta quarta-feira (26), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Patriota (Patri) aprovaram a fusão das duas siglas para a formação de uma nova legenda, que terá o nome de “Mais Brasil” e usará o número 25 nas urnas.
Em uma convenção nacional, em Brasília, o PTB confirmou a decisão. De seus aproximadamente 200 filiados, apenas um votou contra a fusão. Por outro lado, no evento do Patriota, a decisão para formação da nova sigla foi unânime.
As aprovações internas dos partidos para a fusão das legendas aconteceram três dias depois que o ex-deputado e presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, recusou uma ordem de prisão e atirou contra policias federais. Entretanto, a proposta da união dos partidos já estava sendo decidida antes do incidente.
Antes da fusão, o Patriota exigiu que Jefferson, Cristiane Brasil (PTB), filha do ex-deputado, e também o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PTB), façam parte da nova legenda. Porém, mesmo afirmando que “não tem condições políticas” de Roberto Jefferson continuar na nova legenda, a permanência ou não do ex-deputado não foi abordada na convenção desta quarta.
Após o primeiro turno das eleições, quando ambos partidos notaram que estavam “sozinhos” e não poderiam vencer a cláusula de barreira, uma norma que exige a eleição de um número mínimo de parlamentares ou de votos pelo Brasil para que os partidos possam ter acesso ao fundo partidário e tempo gratuito em televisão e rádios, começaram a cogitar a fusão.
Nas eleições de 2018, o PTB havia elegido apenas três deputados e dois senadores, e o Patriota, por sua vez, apenas cinco deputados federais eleitos.
No primeiro turno das eleições deste ano, o PTB elegeu apenas um deputado federal, e o Patriota conseguiu quatro vagas na Câmara Federal.
Com a fusão, o objetivo alcançado será que, quando a formação do partido Mais Brasil seja oficializada, a nova legenda já contará com ao menos cinco representantes na Câmara dos Deputados.