Sem vaga em UTI, doentes morrem em casa no Rio e Fiocruz alerta que saúde entrou em colapso

Do Extra:
A alta de casos e mortes por Covid, os leitos escassos e as UTIs saturadas. A tempestade perfeita se formou, sob a última etapa de flexibilização da quarentena, e ontem a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um mais importantes centros de pesquisa em saúde pública do país, declarou, numa nota técnica, obtida pelo EXTRA, que a rede do SUS da capital do Rio está com seu sistema de saúde pública em colapso. Com a menor oferta de leitos e uma demanda reprimida de pacientes que ficaram em segundo plano no início da pandemia, muitas pessoas infectadas pelo novo coronavírus ou que lutam com doenças crônicas ficaram sem atendimento médico ou UTIs. O resultado é que estão morrendo dentro de casa.
— Já vemos o colapso no sistema. E nem todos (os óbitos) foram por Covid-19, mas indiretamente de pessoas que ficaram sem assistência — comenta o sanitarista Christovam Barcellos, membro do Monitora Covid-19 e pesquisador da Fiocruz.
Ontem, 172 pessoas aguardavam por um leito de UTI na cidade e na Região Metropolitana, que contempla a Baixada Fluminense. A taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva chega a 90% (552 pessoas internadas). No estado, houve mais 81 mortes e 3.415 casos. Há 14 dias, a média móvel de casos da doença cresce.
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