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Senado aprova moção de repúdio a sentença racista de juíza do Paraná

Do Senado Notícias

A juíza Inês Marchalek Zarpelon

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (13) voto de repúdio contra a juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba (PR). Em sentença emitida no dia 19 e junho, a juíza associou uma condenação criminal à cor da pele do réu. Os senadores pedem que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apure o caso.

O voto de repúdio partiu de requerimento do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que classificou como estarrecedor o fato de uma magistrada se valer do racismo para justificar uma pena.

— Infelizmente, mesmo decorridos mais de 132 anos da Lei Áurea, o Brasil ainda sente fortemente os impactos do período escravocrata. É o Estado brasileiro o principal culpado dessas mazelas — afirmou ele, citando ainda outras situações em que autoridades, como policiais e desembargadores, usaram das suas funções públicas para ofender e agredir cidadãos negros.

Na sua sentença emitida para uma acusação de roubo e formação de quadrilha, Inês Zarpelon escreveu que um dos réus integrava o grupo “em razão de sua raça”. A cor do réu é mencionada três vezes na dosimetria (cálculo) da pena. A juíza alega que a frase foi retirada de contexto.

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