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Sérgio Camargo diz que amigos lhe ‘deram as costas’ porque ele apoia Bolsonaro

Sérgio Camargo
Sérgio Camargo vai processar Martinho da Vila – Foto: Reprodução

Sérgio Camargo usou seu perfil do Twitter neste domingo (29) para desabafar. Ele afirmou que amigos se afastaram dele por conta do seu apoio ao presidente Bolsonaro. A manifestação aconteceu no mesmo dia que foi denunciado pelo Fantástico de assédio moral. Funcionários da Fundação Palmares fizeram denúncias contra ele.

“Perdi muitos amigos, ex-colegas de redação e alguns familiares me deram as coisas porque apoio e acredito em Jair Bolsonaro. Estou chateado? Tudo livramento”, escreveu ele.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu o afastamento imediato de Sergio Camargo da presidência da Fundação Palmares por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação.

O pedido foi divulgado pelo Fantástico, da Rede Globo, na noite deste domingo (29).

Nos depoimentos exibidos pelo programa, funcionários do instituição contam que Camargo associa pessoas de “cabelos altos” a bandidos.

Além disso, ele teria promovido uma caçada a esquerdistas dentro do órgão.

Segundo a reportagem, servidores concursados teriam pedido demissão por causa de um clima de terror psicológico criado na instituição.

Além do afastamento, o MPT ainda pede para que Camargo pague indenização de R$ 200 mil por danos morais.

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Histórico de Sérgio Camargo

Ele começou a ser investigado por suspeita de assédio moral contra funcionários em março deste ano.

O inquérito foi aberto pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal.

O órgão passou a ouvir mais de uma dezena de pessoas. A apuração, tratada em sigilo, foi aberta após o MPT receber denúncias de perseguição ideológica.

Sergio Camargo é jornalista e se definiu como “negro de direita, contrário ao vitimismo e ao politicamente correto”.

Ele também já disse nas redes sociais que o Brasil tem “racismo nutella” e que “o racismo real existe nos EUA”.