Serviço clandestino: MPF quis fechar empresa responsável por helicóptero que sumiu em SP

Antes do desaparecimento de um helicóptero no interior paulista, na véspera de Ano-Novo, o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) já havia recomendado o encerramento das atividades das empresas responsáveis pela aeronave devido a serviços considerados “clandestinos”. O piloto, Cassiano Tete Teodoro, com histórico de infrações, recebeu a recomendação de cessar as operações de aviação. As empresas CBA Investimentos e RGI Locações, sócias na propriedade do helicóptero, foram alvo da recomendação do MPF há mais de um ano.
O helicóptero desaparecido, de prefixo PR-HDB, não possuía autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para realizar serviços de táxi aéreo. Segundo o MPF, a CBA Investimentos promovia de forma irregular, nas redes sociais, serviços aéreos, incluindo táxi aéreo, gestão de aeronaves e voos panorâmicos, sem a devida autorização da ANAC. A recomendação destacou a possível falta de comprometimento com as regras de aviação civil e segurança operacional por parte das empresas e de Cassiano.
O helicóptero decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral norte do estado, quando desapareceu sobre a região da Serra do Mar. Quatro pessoas estavam a bordo, incluindo Cassiano, Raphael Torres, Letícia Sakumoto (20 anos) e sua mãe, Luciana Rodzewics (45 anos). A mensagem de Letícia ao namorado indicou más condições climáticas, relatando que o piloto decidira abortar a viagem e fazer um pouso forçado. As buscas estão sendo realizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e Polícia Militar (PM). Em nota, a FAB informou que as buscas aéreas já duram mais de 15 horas, sem localizar a aeronave até o momento.
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