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Servidores jogam dominó e truco em Foz com R$ 1,4 milhão bancado por Tribunais de Contas

Cartaz oficial das Olimpíadas dos Servidores dos Tribunais de Contas (OTC 2025) – Foto: Reprodução

Tribunais de Contas de nove estados gastaram R$ 1,4 milhão para custear a participação de servidores em olimpíadas esportivas em Foz do Iguaçu (PR). Durante uma semana, os participantes disputaram modalidades que iam de futebol e vôlei a dominó, pebolim e até truco, com hospedagem em resorts de luxo e, em alguns casos, dispensa do ponto de trabalho. Parte das despesas incluiu diárias, inscrições, uniformes e até serviços de fisioterapia.

O Tribunal de Contas do Amazonas liderou os gastos, desembolsando mais de R$ 625 mil para inscrever 130 servidores, além de pagar por uniformes, fisioterapia esportiva e assessoria técnica. Outros tribunais também registraram cifras elevadas, como o TCM do Pará, que destinou R$ 230,6 mil, e o TCE do Tocantins, que gastou mais de R$ 300 mil. Em contrapartida, algumas cortes afirmaram que os próprios servidores arcaram com os custos, enquanto outras bancaram apenas parte das despesas.

Segundo o regulamento da competição, organizada pela Associação Nacional Olímpica dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil (ANOSTC), o objetivo é promover integração e bem-estar entre os servidores. No entanto, o uso de dinheiro público para bancar atividades recreativas como sinuca e bocha levantou questionamentos sobre a real necessidade desses gastos.