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Sete petiscos que marcaram os bares brasileiros nos anos 80 e 90

Modelo comum de petisqueira em bares antigos. Foto: reprodução

Os anos 80 e 90 foram marcados por um estilo de bar mais simples, mas cheio de identidade. Era comum ver mesas de ferro com tampo de plástico, copos americanos e uma seleção de petiscos que se tornaram ícones daquele período. Muitos desses pratos saíram de cena ou foram substituídos por versões mais gourmet, mas seguem vivos na memória de quem frequentava os botecos da época.

Entre os campeões de pedido estavam o ovo colorido de boteco, mantido em conserva dentro de potes de vidro, e a moela de frango cozida, servida em caldinho quente e temperado. O torresmo crocante, feito na hora, era companheiro inseparável de uma cerveja bem gelada, assim como o bolovo — mistura de ovo cozido com carne moída empanada e frita, verdadeiro clássico das padarias e balcões de bar.

Também faziam sucesso os amendoins cozidos, mais comuns no Nordeste, e os camarões empanados com maionese temperada, que figuravam nos bares litorâneos ou mais sofisticados. Fechando a lista, o salgadinho de pacote misturado com vinagre, sal e cebola, conhecido em alguns estados como “vinagrete de salgadinho”, era a versão rápida e barata para acompanhar a bebida.

Esses petiscos não eram apenas alimentos: representavam encontros, conversas longas e uma cultura de bar mais popular e afetiva. Com o tempo, muitos deram lugar a porções padronizadas, mas ainda hoje são lembrados com carinho por uma geração que viu no boteco um lugar de convivência e sabor.