Siemens admite enfim propina no metrô
Um alto executivo da Siemens na Alemanha declarou à Polícia Federal que a multinacional suspeita que parte dos US$ 7 milhões que a empresa diz terem sido desviados por Adilson Primo, seu ex-presidente no Brasil, foi utilizada para pagamento de propina a agentes públicos brasileiros.
É a primeira vez que a Siemens, que denunciou a prática de cartel no sistema metroferroviário de São Paulo e do Distrito Federal, fala em pagamento de propina.
Mark Gough, vice-chefe do setor de compliance – setor que displina regras internas de conduta -, depôs à PF no dia 6 de novembro.
Ele contou que após descobrir as transações e questionar Primo e outros detentores da conta, a investigação chegou a um “dilema”: ou os recursos tinham sido desviados para benefício próprio do ex-presidente e diretores, ou o dinheiro tinha sido usado para “pagar propina a agentes públicos, conforme informou o empregado que fez a denúncia sobre a conta”, nos dizeres de Gough.
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