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Siga o dinheiro: Bolsonaro privilegia gastos com militares no primeiro ano como presidente

Bolsonaro | Sérgio Lima/AFP/02-01-2019

Da reportagem de Igor Gielow e Gustavo Patu na Folha de S.Paulo.

No primeiro ano de governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro, o Ministério da Defesa foi privilegiado com o maior reforço de orçamento. A pasta encerrou 2019 gastando R$ 6,3 bilhões a mais do que havia sido previsto inicialmente.

Três outras pastas superam a Defesa em ampliação, mas são casos extraordinários.

Economia e Cidadania reuniram sob seu orçamento diversas pastas, e pelos cofres de Minas e Energia passaram os recursos oriundos do leilão de cessão onerosa do petróleo —o que não significa gasto.

A melhor situação financeira foi acompanhada de outras vitórias dos militares, como o protagonismo dentro do governo e a aprovação de uma reforma previdenciária e de carreira próprias, pleitos de duas décadas.

Com 8 de 22 ministros oriundos das Forças Armadas, Bolsonaro tem um dos governos mais militarizados da história.

Após um período de baixa no embate com a ala ideológica, que gira em torno dos filhos do presidente, o grupo militar na administração ganhou renovado fôlego com a entrada do general Walter Braga Netto na Casa Civil.

O orçamento de Defesa em 2019 registrou R$ 109,9 bilhões em gastos, segundo o Siga Brasil, sistema de acompanhamento de receitas e despesas federais do Senado. Isso coloca a pasta como a quarta maior em termos de verbas.

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