Silvio de Abreu sai da Globo depois de 42 anos

Diretor de Dramaturgia da Globo, na qual atuava como autor desde 1978, Silvio de Abreu está de saída da emissora. Ele é mais uma baixa na reformulação da alta cúpula –na semana passada, foi anunciada a substituição de Carlos Henrique Schroder por Ricardo Waddington na direção de Entretenimento.
A mudança também atinge Monica Albuquerque, chefe do DAA (Desenvolvimento de Acompanhamento Artístico). A saída dos dois executivos foi confirmada ao Notícias da TV. Monica estava no cargo desde julho de 2013 e era contratada da Globo desde 1999. Segundo Flavio Ricco, colunista do R7, o departamento dela vai acabar.
A chefia de dramaturgia atualmente ocupada por Silvio de Abreu passará para José Luiz Villmarim, o que indica novos rumos para o departamento: antes lideradas por um escritor, agora as novelas e séries terão à frente um diretor.
Villamarim é o homem por trás das câmeras de Amor de Mãe, novela das nove interrompida pela pandemia e que volta à grade com capítulos inéditos em março do ano que vem. Ele também tem no currículo obras elogiadas como O Canto da Sereia (2013), Amores Roubados (2014), Justiça (2016) e Onde Nascem os Fortes (2018), e dividiu a direção geral do fenômeno Avenida Brasil (2012) com Amora Mautner.
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Silvio de Abreu estreou na Globo não como novelista, mas como ator. Ele fez a novela A Próxima Atração (1970), na pele de Damasceno. Só passou a escrever roteiros em 1977, na Tupi, com uma adaptação do clássico romance Éramos Seis. No ano seguinte, voltou para a Globo já com a função de autor e assinou Pecado Resgado.
Foi responsável por sucessos como Guerra dos Sexos (1983), Sassaricando (1987), Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Passione (2010). Em 2014, foi promovido a diretor de Dramaturgia Diária, ficando responsável por aprovar (ou rejeitar) todas as novelas que seriam produzidas pela Globo.
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