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Síndrome rara deixa jovem capixaba em estado vegetativo aos 26 anos

A jovem Ana Binda, diagnosticada com a rara síndome de Moyamoya. Foto: Reprodução

A vida de Ana Binda, jovem capixaba de 26 anos, foi radicalmente transformada em 2019, quando foi diagnosticada com a rara síndrome de Moyamoya, uma condição que afeta os vasos sanguíneos do cérebro. Ela, que na época era estudante de arquitetura e urbanismo, passou a viver em uma clínica em Vitória (ES) após complicações que agravaram seu quadro.

Sua jornada de saúde começou desde a infância, com diagnósticos de hidrocefalia, estrabismo e, aos 17 anos, um desmaio durante um passeio de bicicleta, que sinalizou um problema mais grave. Após exames, os médicos identificaram a obstrução da artéria carótida e o surgimento de uma “nuvem de fumaça” no cérebro, resultado do estreitamento das artérias.

Para tratar a condição, Ana passou por uma cirurgia de revascularização cerebral, que foi bem-sucedida, mas gerou complicações no pós-operatório, incluindo trombose, convulsões e hemorragias. Ela perdeu a capacidade de andar, falar e grande parte da visão, mas continua sua comunicação através de gestos e quadros para escrita, além de fazer uso de canabidiol para ajudar a controlar as convulsões.

A síndrome é uma condição rara em que as artérias que levam sangue ao cérebro se estreitam progressivamente, até se fecharem completamente em alguns casos. O corpo tenta se adaptar criando vasos sanguíneos frágeis e desorganizados. A doença é mais prevalente no Leste Asiático, mas é rara em outras regiões, como na América do Norte. Seus sintomas incluem convulsões, dores de cabeça, perda de memória, desmaios, dificuldades para falar e alterações na sensibilidade.