Síndrome Respiratória Aguda Grave faz SC declarar situação de emergência em saúde pública

Santa Catarina declarou estado de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que tem levado a uma maior procura por atendimento hospitalar e sobrecarregado os serviços de saúde. O decreto foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial do Estado na segunda-feira (29), refletindo a situação preocupante nos hospitais, onde os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão quase todos ocupados.

O governo do estado informou que a taxa de ocupação das UTIs em Santa Catarina é alarmante, chegando a 93,07% até a noite de segunda. Com mais de 1.328 leitos ativos, a pressão sobre os hospitais é significativa, afetando tanto as internações neonatais, pediátricas quanto as de adultos. As regiões mais críticas incluem o Vale do Itajaí, com 95,72% de ocupação, e a Grande Florianópolis, com 98,19%.

Para lidar com a emergência, o decreto autoriza o governo a solicitar bens e serviços, bem como leitos de entidades privadas para atender pacientes do SUS. A medida busca aliviar a superlotação dos hospitais e minimizar o risco sanitário para a população. A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma complicação de síndromes gripais que pode levar a comprometimento respiratório grave, exigindo hospitalização. Vários vírus, incluindo Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-CoV-2, bem como bactérias e fungos, estão entre as causas da SRAG.

Além da crise causada pela SRAG, Santa Catarina enfrenta um surto de dengue, o que aumentou ainda mais a pressão sobre o sistema de saúde. Em fevereiro, o estado já havia decretado emergência epidemiológica devido à dengue. Até agora, foram confirmadas 124 mortes por dengue e 44 casos estão sob investigação.

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