Sininho acusada de planejar incendiar Câmara do Rio
Denúncia do Ministério Público contra 23 manifestantes acusados de atos violentos em protestos no Rio de Janeiro afirma que os réus, comandados por Elisa Quadros, a Sininho, se reuniram com o objetivo de incendiar o prédio da Câmara Municipal, na ocupação conhecida como Ocupa Câmara, em agosto de 2013.
Segundo a Promotoria, Sininho, além de ter incitado os ocupantes do Ocupa Câmara e Black Blocs a queimar um ônibus nos protestos, teria comandado manifestantes a levarem três galões de gasolina para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e incitado os ocupantes a incendiar o prédio. Segundo testemunhas ouvidas nas investigações, outros participantes impediram o incêndio.
O promotor pediu a prisão preventiva para “manter a ordem pública”, alegando que os acusados estão diretamente envolvidos em “atos de violência em manifestações populares, havendo nos autos indícios claros de que, em liberdade, voltarão à prática de atos de tal natureza”.
Cinco denunciados foram presos no sábado (12), dois ativistas que não foram incluídos na denúncia foram soltos neste sábado, e outros 18 estão foragidos, segundo a Polícia Civil.
O advogado de Elisa Quadros, a Sininho, Marino D’Icarahy, afirma que as prisões são uma tentativa de criminalizar o ativismo político, e comparou a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) ao antigo DOPS, que prendeu e torturou presos políticos durante o regime militar.
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