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Sob Bolsonaro, cresce a influência de advogados evangélicos, que buscam vaga no STF

Da Folha:

O presidente Jair Bolsonaro durante oração em culto evangélico
Imagem: Sérgio Lima – 5.jan.2020/AFP

Associação Nacional de Juristas Evangélicos, a Anajure começou a ser concebida em 2007, no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e saiu de vez do papel em 2012, fundada por três advogados nordestinos no segundo ano de Dilma Rousseff (PT). Mas é no governo Jair Bolsonaro (sem partido) que seu brado retumbou de vez em Brasília.

Estão na gênese da entidade vários elementos que, seis anos depois, levariam à eleição presidencial de um deputado de baixo clero que começava a se alinhar ao segmento religioso que mais crescia no país, o evangélico —e com quem o presidente da Anajure, o sergipano Uziel Santana, 43, encontrou-se no fim de outubro, no Palácio do Planalto.

(…) “Na política é difícil dizer: somos de direita. Sei que não somos esta direita radical que existe aí. Nem a esquerda radical que agora está fora do poder.”

A agenda moral, porém, garante afinidade com “esta direita radical que existe aí”. E boa parte do lobby que a Anajure faz na capital federal em a ver com ela. Daí a expectativa, diz Santana, pelo “jurista que atendesse aos nossos anseios” prometido por Bolsonaro para o STF (Supremo Tribunal Federal). A primeira vaga disponível acabou com Kassio Nunes, para desgosto de círculos conservadores.

(…)