Solicitada investigação sobre patrimônio de candidato do PMDB ao governo do Ceará
A Coordenação Executiva da Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou uma nota em solidariedade às 3 mil famílias de sem terra que ocuparam na última semana a Fazenda Santa Mônica, em Corumbá de Goiás (Estado de Goiás), de propriedade do senador e candidato a governador do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB).
Segundo manifestações dos que ocuparam a terra, são constantes as denúncias das formas “mais absurdas utilizadas pelo senador para cada vez incorporar mais áreas à sua propriedade”.
A Fazenda Santa Mônica é apenas uma entre os muitos imóveis rurais em nome do candidato. Na declaração de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano, constam 88 imóveis rurais em Goiás, quase todos em Corumbá de Goiás. Na declaração anterior (2010), o número declarado era de 72 propriedades. Em quatro anos, 16 novas propriedades foram incorporadas ao seu patrimônio.
Além disso, a CPT chama a atenção para o valor declarado das terras. A Santa Mônica, apesar de ter 21 mil hectares, tem seu valor declarado como de apenas R$ 386.720,00.
“Outros imóveis tem um ínfimo valor declarado, a partir de R$ 746,27, o valor de um deles, passando por outros de R$ 1.000,00, 1.500, 2.000.. O total do patrimônio declarado do atual candidato ao governo do Ceará é de R$ 99.022.714,17, o mais rico entre todos os candidatos a governador. Se considerarmos que, na declaração de bens de 2010, o valor declarado foi de R$ 36.737.673,19, temos em quatro anos uma aumento razoável de 170% no seu patrimônio.”
A Coordenação da CPT solicita às autoridades competentes, Justiça Federal, Polícia Federal e outras, uma investigação “séria e profunda” do crescimento do patrimônio de Eunício Oliveira que, em quatro anos, teria quase triplicado seus bens, e dos métodos utilizados para consegui-lo.
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