‘Sou meio preto e acho que os brasileiros têm de admitir que, como grupo, todos somos’, diz Caetano

Caetano Veloso é uma mentalidade além do seu tempo.
E postou o seguinte no Twitter:
“Ver, no Dia da Consciência Negra, as imagens do rapaz sendo espancado no Carrefour é indignante. Vivi situações junto a amigos negros que vão da expulsão, sob ameaças, de um menino preto, amigo de um dos meus filhos, de um shopping do Rio a uma prisão, em Salvador, feita de +
forma agressiva, de um amigo íntimo nosso que passeava conosco na calçada da praia do Rio Vermelho. Éramos três ou quatro, ele o único preto. O carro da polícia passou e parou para abordá-lo, a ele e somente a ele. Protestamos. Mesmo assim eles o puseram na parte de trás do +
camburão. Era amigo muito querido e chegado. Paulinha (@paulalavigne) e eu protestamos junto aos policiais. Um deles me reconheceu e, afinal, sob admoestações dos outros, soltou nosso amigo. A situação objetiva de uma pessoa preta no Brasil é no mínimo desvantajosa. +
Sou meio preto e acho que os brasileiros têm de admitir que, como grupo, todos s somos. O país é, como disse Joaquim Nabuco, mais dos africanos escravizados do que de ninguém mais. Porque foi construído principalmente por eles. Temos que mudar muita coisa. +
Não pode ficar como vinha e vem sendo. Tem de ser diferente. Vídeo completo no Instagram”.
Sou meio preto e acho que os brasileiros têm de admitir que, como grupo, todos s somos. O país é, como disse Joaquim Nabuco, mais dos africanos escravizados do que de ninguém mais. Porque foi construído principalmente por eles. Temos que mudar muita coisa. +
— Caetano Veloso (@caetanoveloso) November 20, 2020