“Sou o ministro do ‘deixa-disso’”, diz Mucio sobre críticos de sua afinidade com militares

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, deseja que as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro cheguem ao fim o mais rápido possível.
Um ano após os ataques às sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), os mentores e financiadores da tentativa de golpe ainda não foram completamente descobertos, e, desde então, a imagem dos militares sofreu bastante desgaste.
“Precisamos achar os culpados para tirar essa nuvem de desconfiança sobre as Forças Armadas”, disse Múcio ao Estadão.
Em entrevista concedida na quinta-feira, 4, em seu gabinete na Defesa, o ministro parecia medir cada palavra ao ser questionado sobre o envolvimento de militares na tentativa de solapar a democracia.
Como tem feito nos últimos meses, Múcio reiterou que as Forças Armadas não queriam dar nenhum golpe, embora admita que “algumas pessoas ali de dentro” torcessem por isso. Por isso, o mandatário afirma que é o ministro do ‘deixa disso’: ‘Não estou protegendo nada, mas não quero condenar inocentes. Quero punir culpados”, reafirmou.
Na manhã desta sexta-feira, 5, o ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Ele assegura que, atualmente, as relações de Lula com as Forças Armadas estão pacificadas. “O presidente, hoje, tem uma relação estreita com os comandantes. São próximos, se telefonam, resolvem as coisas de forma direta. Não precisam mais de intermediário”.
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