STF tem maioria para manter queixa-crime do PSOL contra Carlos Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou uma maioria em sua plataforma virtual para manter uma queixa-crime movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos/RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
Seis ministros rejeitaram o pleito de Carlos Bolsonaro para se eximir da queixa-crime apresentada pelo PSOL em uma sessão virtual: Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Carmen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, e o relator do caso, Gilmar Mendes. Importante notar que os votos podem ser ajustados até as 23h59 de hoje, momento em que se encerra o plenário.
Em 2020, Carlos Bolsonaro afirmou que o PSOL e Jean Wyllys estariam vinculados a Adélio Bispo, responsável por esfaquear Jair Bolsonaro em 2019. Em uma publicação nas redes sociais, Carlos declarou que “o desespero bate na bunda do piçou [PSOL]” e questionou se “precisa desenhar ainda”, insinuando uma conexão falsa entre o partido e o atentado ao então candidato à presidência.
O PSOL reagiu processando Carlos Bolsonaro por difamação e crime contra a honra. Embora o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tenha inicialmente absolvido Carlos, um recurso do PSOL levou o caso ao STF, que decidiu a favor do partido. Carlos Bolsonaro, em resposta, apresentou um agravo regimental ao Supremo, que está atualmente decidindo sobre o prosseguimento do processo.