Substâncias desviadas por Cariani para fazer crack chegam a “valor estratosférico”

O desvio de substâncias químicas em um esquema criminoso, supostamente envolvendo o influenciador Renato Cariani, movimentou cerca de R$ 6 milhões em seis anos, segundo informações da Polícia Federal (PF). O delegado Vitor Beppu Vivaldi ressaltou que a produção de drogas com essas substâncias resultaria em “valores estratosféricos” no mercado clandestino.
Cariani é um dos alvos da Operação Hinsberg, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (12). A investigação aponta que o esquema desviou uma quantidade de substâncias químicas capaz de produzir 15 toneladas de crack ao longo de seis anos. O pedido de prisão preventiva para Cariani e outros três envolvidos foi negado pela Justiça, mas 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços em São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
A Anidrol, empresa sediada em Diadema, na região metropolitana de São Paulo e da qual Cariani é sócio, é acusada de emitir notas fraudulentas em nome de multinacionais, simular compras fictícias de substâncias usadas na produção de entorpecentes.
A investigação revelou que a empresa emitiu 60 notas fraudulentas entre 2014 e 2020. As substâncias desviadas, como lidocaína, fenacetina, manitol, ácido sulfúrico, éter etílico e acetona, têm aplicações lícitas, mas são utilizadas na produção ou refinamento de crack, segundo o delegado Vivaldi.
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