Suposto integrante de esquema de propinas, filho de Francisco Cuoco tenta trancar ação por desvios do Trump Hotel
Da Coluna de Lauro Jardim no Globo

O empresário Diogo Cuoco, filho do ator Francisco Cuoco, e mais quatro réus da Operação Circus Máximus estão pedindo ao TRF-1 que sejam trancadas as ações penais em que são acusados de integrar um esquema de pagamento de propinas para destravar investimentos do BRB, o banco estatal de Brasília.
O TRF-1 já paralisou ação contra dois implicados no caso. Os demais pedem para ser contemplados com decisões semelhantes.
O tribunal considerou inepta a denúncia contra Ricardo Peixoto Leal e Nilban de Melo Júnior, baseada em depoimentos de delatores de várias investigações da Lava-Jato, como Lúcio Funaro, o doleiro Vinícius Claret, o Juca Bala, e Francisco Araújo Júnior, o Jubra, “mula” de dinheiro em espécie.
A força-tarefa Greenfield afirma que empresas de Diogo lavaram dinheiro para o esquema. Teriam emitido notas fiscais falsas para justificar o recebimento de recursos supostamente usados para subornar dirigentes do banco e conseguir aportes no extinto Trump Hotel, atual LSH Lifestyle, no Rio. Diogo chegou a ser preso em 2019.
O Trump Hotel, na Barra da Tijuca, foi criado a partir da associação de empresários brasileiros, conhecidos da polícia, e o presidente americano Donald Trump. Um deles é Paulo Renato Figueiredo Filho, neto do general João Baptista Figueiredo, último presidente das ditadura militar (1979-1985). O outro é Arthur Soares Filho, o Rei Arthur, que o Ministério Público do Rio diz ser um dos integrantes do esquema de desvios que afastou o prefeito Marcelo Crivella. (…)