Suspeita de envenenar a nora acusa filha morta de usar comprimidos com chumbinho

Em uma carta escrita de dentro da prisão, Elizabete Arrabaça, acusada de envenenar a nora Larissa Rodrigues em Ribeirão Preto (SP), afirmou que os comprimidos entregues à vítima estavam contaminados com chumbinho colocado pela própria filha, Nathália Garnica. Elizabete também é investigada pela morte de Nathália, que morreu um mês antes, em Pontal (SP), e teve confirmado em laudo a presença do veneno no corpo.
No relato, a aposentada declarou que Nathália havia comprado o pesticida para matar ratos e pode ter contaminado medicamentos. “A conclusão que cheguei nesses dias, orando muito à Deus e suplicando uma luz divina, é que a Nathália havia colocado o veneno nas cápsulas de omeprazol”, escreveu. A defesa de Elizabete contesta a acusação do Ministério Público e pede que ela responda em liberdade, alegando problemas de saúde.
A morte de Larissa ocorreu em março, e a de Nathália, em fevereiro. Perícias apontaram envenenamento com chumbinho em ambas. Elizabete e o filho Luiz Antônio Garnica estão presos desde maio e foram denunciados por feminicídio. A Promotoria afirma que mãe e filho agiram por interesse patrimonial e envenenaram Larissa por cerca de 15 dias antes da morte.