Tadalafila: por que remédio para disfunção erétil virou moda na academia e no rolê

A tadalafila, medicamento comumente prescrito para o tratamento da disfunção erétil, tem ganhado popularidade nas academias como um pré-treino para potencializar os resultados na musculação. Em teoria, o remédio aumentaria o ganho muscular ao promover a dilatação dos vasos sanguíneos, o que aumenta o fluxo de sangue para os músculos. No entanto, especialistas alertam que não há evidências científicas suficientes que comprovem a eficácia dessa prática.
A utilização da tadalafila como “bomba” na academia está relacionada à promessa de melhorar a oxigenação e a entrega de nutrientes aos músculos, o que poderia favorecer a recuperação e proporcionar a sensação de músculos mais cheios e vascularizados.
Contudo, de acordo com a farmacêutica Margareth Cunha e o médico Ronan Araujo, o efeito observado não resulta em aumento real de hipertrofia muscular. Além disso, os especialistas destacam os riscos do uso contínuo da tadalafila sem prescrição médica.
Entre os efeitos adversos mais comuns estão dores de cabeça, tontura, queda de pressão, taquicardia, problemas gastrointestinais e até priapismo, condição caracterizada por ereção prolongada e dolorosa. O uso excessivo do medicamento pode também causar dependência psicológica para o desempenho sexual e mascarar problemas cardíacos subjacentes, aumentando o risco de infarto e AVC.