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Talibã quer transformar Afeganistão em destino turístico e reabrir país ao mundo

Mesquita Azul, no Afeganistão. Foto: Divulgação

Com o fim da insurgência e uma queda significativa nos ataques armados desde a retomada do poder pelo Talibã em 2021, o Afeganistão começa a receber turistas estrangeiros. Segundo o governo, cerca de 9 mil pessoas visitaram o país em 2023, e outras 3 mil chegaram apenas nos primeiros meses de 2024.

O regime vê o turismo como uma oportunidade de gerar renda e aproximar o país do restante do mundo, apesar de não ter reconhecimento internacional. A abertura do setor inclui a criação de um instituto para formar profissionais da área e a facilitação de vistos.

A chegada de visitantes ocorre mesmo após ataques como o de maio de 2024, quando três turistas espanhóis foram mortos em Bamiyan. Ainda assim, o vice-ministro do Turismo, Qudratullah Jamal, afirma que há segurança no território e que a presença estrangeira fortalece a economia e promove o intercâmbio cultural.

No entanto, organizações internacionais e críticos apontam o contraste entre a recepção a turistas e as duras restrições impostas às mulheres afegãs, que seguem proibidas de frequentar escolas, academias e parques. Embora essas regras sejam mais brandas para estrangeiras, a situação levanta questionamentos éticos sobre o apoio indireto ao regime.