Tarcísio diz a empresários querer “banir fantasma do MST”

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O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo, disse nesta terça-feira (26), que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) tem de ser “banido do Brasil”.
A declaração foi dada em um evento na Associação Comercial de Presidente Prudente, quando Tarcísio ouviu o apelo de um empresário do Pontal do Paranapanema, região pobre do extremo oeste do estado, por maior desenvolvimento econômico à localidade para que ela deixasse de ser considerada “a região dos sem-terra e dos presídios”. O ex-ministro então defendeu o fim do movimento e recebeu aplausos dos presentes.
“O Pontal do Paranapanema tem que deixar de ser a terra do MST. Aliás, esse fantasma do MST tem que ser banido do Brasil, porque a única coisa que eles trouxeram até hoje foi insegurança, para o campo, para o crédito, para investimento”, afirmou Tarcísio.
Após a fala, o pré-candidato defendeu “transformar assentados em produtores” e dar acesso a crédito ao “sujeito que está com a orelha queimada de sol e calo na mão”, em referência ao agricultor que, segundo ele, seria usado politicamente pelo movimento.
O movimento social de luta por reforma agrária é historicamente ligado ao PT e também alvo frequente de ataques do chefe do Executivo.
Ao ser questionada sobre a declaração de Tarcísio, a pré-campanha do Republicanos respondeu que ele “defende o fortalecimento do agro, que é uma força motora do estado de São Paulo, e isso passa por proteger a propriedade privada”.
“Para garantir o desenvolvimento do setor, é preciso dar segurança para o proprietário, para o investidor e também dar acesso a crédito às pessoas que estão hoje em situação de assentamento para que façam parte do grupo que produz riquezas para São Paulo”, diz a nota.
O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, afirmou que o movimento trabalha pela melhoria de vida dos agricultores e que São Paulo “precisa de um governador que tenha coragem para banir a fome e o desemprego, a desigualdade social, a concentração de renda e o latifúndio, e a intolerância, o autoritarismo e o discurso de ódio”.