TCU confirma que compra de viagra para as Forças Armadas foi superfaturada

Nesta sexta-feira (8), foi apresentado pela área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) um parecer indicando a ocorrência de superfaturamento em um ordem de compra feita em 2021. Na ocasião, as Forças Armadas realizaram a aquisição de milhares de comprimidos de viagra, remédio usado para tratar disfunção erétil.
O Tribunal é orientado a determinar um prazo de 90 dias para que o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, “adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e outras ao seu alcance, sem prejuízo de requerer ao órgão jurídico da estatal que adote as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, com vistas à obtenção do ressarcimento do débito apurado, em valores devidamente atualizados”.
O parecer justifica as recomendações com base na compra de 15.120 comprimidos de sildenafila 25mg pelo valor unitário de R$ 3,65, enquanto o valor médio no Painel de Preços do governo federal para o período é de R$ 1,81.
Além disso, as informações passadas na representação feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) sobre superfaturamento na compra do medicamento foram reforçadas pelos técnicos do TCU.
Vale ressaltar que, na época da compra, as Forças Armadas reforçaram que o uso do medicamento também tem finalidade de combater a hipertensão arterial pulmonar (HAP), algo previsto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).