TCU deve investigar reformas pagas pela Caixa em mansão de Pedro Guimarães

Nesta quarta-feira (6), o subprocurador-geral do Ministério Público no TCU (Tribunal de Contas da União), Lucas Furtado, solicitou que a corte investigue as obras bancadas pela Caixa Econômica na mansão do ex-presidente do banco Pedro Guimarães, em Brasília.
Ontem, a Folha de S. Paulo revelou que a Caixa pagou por obras na mansão em Guimarães mora atualmente. O jornal conversou com dois funcionários da EMIBM Engenharia e teve acesso a imagens dos trabalhos sendo realizados.
Segundo relato de servidores da Caixa, o custo foi de aproximadamente R$ 50 mil. As intervenções foram feitas em julho de 2020 por quatro funcionários da EMIBM, que mantém contratos com o banco estatal para serviços de manutenção em seus prédios e agências.
O criminalista José Luis Oliveira Lima, advogado de Guimarães, confirmou a realização das obras e disse que elas estão relacionadas à segurança do ex-presidente, tendo sido autorizadas pelo setor de segurança após ele ser alvo de supostas ameaças.
A diretora executiva de Logística e Segurança da Caixa, Simone Benevides de Pinho Lima, foi a responsável por autoriza o deslocamento dos funcionários da empresa de engenharia para realizar o trabalho..
Benevides disse à Folha que tudo aconteceu “dentro do trâmite legal” e por razões de segurança. “Foi na época da ameaça do auxílio emergencial, dos falsários, que publicaram a ameaça na internet”, afirmou ela.
A mansão, que tem um campo de futebol, fica localizada na beira do Lago Paranoá, na região mais valorizada de Brasília. O jardim cuja iluminação foi paga pela Caixa se estende até as margens do lago.