Temer chama russos de “soviéticos” e ameaça: “Nada nos destruirá”
Do Uol:
O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (26) que nada o “destruirá” ao citar as medidas econômicas propostas pelo governo, como o Teto de Gastos, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. “Não há plano B, há que se seguir adiante. Portanto, nada nos destruirá. Nem a mim nem a nossos ministros”, afirmou. O presidente também cometeu nova gafe em seu discurso, chamando empresários russos de “soviéticos”.
“Estive agora recentemente em Moscou, na Rússia, e depois na Noruega, e verifiquei o interesse extraordinário dos empreendimentos soviéticos, o deputado Perondi lá esteve em nossa comitiva, e nós pudemos verificar o interesse extraordinárioa de empresários soviéticos e noruegueses, no nosso país. pelo que está acontecendo no país”, declarou Temer, que voltou de viagem à Rússia e à Noruega no último sábado.
Antes de embarcar, a agenda oficial de Temer já havia cometido a gafe. No último dia 19, a agenda divulgada pelo Planalto anunciou em seu site a visita de Michel Temer à “República Socialista Federativa Soviética da Rússia”, denominação que deixou de ser usada em 1991 após o fim da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
A declaração de Temer hoje foi dada durante cerimônia no Palácio do Planalto para sancionar a lei que regulamenta a prática de diferenciação de preços de acordo com a forma ou o prazo de pagamento escolhidos. Apesar de praticada no dia a dia, antes da MP (Medida Provisória) publicada em 27 de dezembro do ano passado, a legislação não autorizava comerciantes a dar descontos aos consumidores que pagassem à vista ou cobrar mais caro de quem pagasse no cartão de crédito, por exemplo.
Também participaram da solenidade os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Para o presidente, a política de diferenciação de preços e a abertura de vagas de emprego era, “há pouco mais de um ano”, ou seja, antes de ele assumir a Presidência efetivamente, “uma miragem, um sonho”. Segundo ele, o país estava em uma crise “seríssima” e com a economia “um pouco fora dos trilhos”.
“Agora temos direção. Não me canso de falar que o Brasil está nos trilhos, no caminho da responsabilidade e na rota da superação”, afirmou.
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