“Tendemos mais a fogueiras santas do que à comunhão” diz coordenadora da Campanha da Fraternidade Ecumênica

Do Metrópoles:
Apesar de ter o diálogo como tema, a Campanha da Fraternidade de 2021 foi marcada por boicotes dentro da Igreja Católica e por ataques graves à pastora luterana Romi Bencke, liderança religiosa que coordenou a iniciativa este ano. Bencke é secretária-executiva do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs, o Conic, e este ano a Campanha da Fraternidade foi realizada de maneira ecumênica, com os católicos convidando fiéis de outras religiões a uma união em torno de objetivos comuns.
Grupos mais conservadores do próprio catolicismo, porém, se negaram a abraçar alguns desses objetivos, como a denúncia da violência sofrida por minorias, a exemplo da população LGBTQI+. (…)
“Não há nada mais contraditório do que associar a fé em Jesus Cristo com exclusivismo religioso e combate a inimigos e inimigas. Mas hoje tendemos mais a fogueiras santas do que à mesa de comunhão”, completa ela, que chegou a mudar sua rotina e evitar sair de casa nos últimos meses por causa da campanha de ódio que enfrentou