Tércio entrou para o círculo de confiança da família diretamente pelas mãos do próprio Bolsonaro

Da Coluna de Thaís Oyama no UOL.
Tercio Arnaud Tomaz entrou no círculo de confiança da família Bolsonaro pelas mãos de Jair Bolsonaro.
O agora assessor presidencial, amigo de Carlos Bolsonaro e apontado como integrante do “gabinete do ódio”, foi investigado e banido pelo Facebook sob acusação de liderar uma rede de fake news e perfis falsos destinados a promover a imagem de Bolsonaro e perseguir seus adversários nas redes sociais.
Quando ainda era estudante em Campina Grande, na Paraíba, Tomaz chamou a atenção do então deputado Jair Bolsonaro por causa da repercussão que vinha tendo uma página do Facebook criada por ele e dedicada ao ex-capitão, de quem era fã.
O estudante chegou a vir a Brasília para conhecer seu ídolo e ficou hospedado no apartamento do deputado, no Setor Sudoeste do Distrito Federal. Bolsonaro simpatizou com Tomaz a ponto de pedir a amigos na Paraíba que dessem “uma força para o menino” — naquela época, desempregado.
Em 2017, o próprio Bolsonaro se encarregou de ajeitar a vida de Tomaz. O estudante foi contratado pelo gabinete de Carlos Bolsonaro, mas para trabalhar para Jair, cuja campanha à Presidência começava a esquentar.
Descrito como inteligente e criativo, Tomaz foi o autor de uma imagem que ficou famosa na campanha: a do par de óculos pretos pixados, que era aplicado sobre o rosto do ex-capitão toda vez que ele “mitava” – ou seja, dizia algo que atingia em cheio adversários, para gáudio da sua plateia.
Quando Bolsonaro se tornou oficialmente candidato à Presidência e passou a contar com a estrutura de segurança e transporte da Polícia Federal, Tomaz começou a acompanhá-lo nas viagens pelo Brasil.
Depois que Bolsonaro tornou-se presidente, ele foi nomeado para um cargo comissionado no Palácio (remuneração de 13 mil reais) e continuou bem próximo de seu ídolo.
(…)