Tesla investe em táxis-robôs para reverter queda nas vendas de carros elétricos

A Tesla anunciou uma nova aposta estratégica para tentar reverter a queda de 13% nas vendas globais de seus veículos elétricos no primeiro semestre de 2025. A solução encontrada por Elon Musk envolve acelerar o lançamento de uma frota de táxis-robôs, ou seja, veículos totalmente autônomos voltados para o transporte urbano sob demanda. O modelo está sendo preparado para entrar em operação ainda este ano em quatro estados dos EUA: Califórnia, Nevada, Arizona e Flórida.
A ideia de táxis sem motoristas não é nova, mas a Tesla quer se diferenciar ao oferecer uma plataforma própria, baseada em sua tecnologia de direção autônoma Full Self-Driving (FSD). Musk afirmou que os testes finais estão sendo realizados e que a empresa já trabalha junto aos reguladores estaduais para garantir as autorizações de circulação. Ele aposta que o serviço pode gerar uma nova fonte de receita recorrente e ampliar a competitividade da marca.
A queda nas vendas de EVs foi atribuída, segundo analistas, ao aumento da concorrência global e à desaceleração do interesse em modelos premium nos Estados Unidos e Europa. A Tesla também teve dificuldades de produção em algumas fábricas, o que afetou a entrega de veículos. A entrada no setor de mobilidade como serviço — um segmento dominado por empresas como Uber e Waymo — pode representar um novo caminho de crescimento para a companhia.
Nos estados escolhidos, a legislação já permite testes e operação limitada de veículos autônomos, o que facilita a implementação do projeto. A expectativa da Tesla é que, até o fim do ano, parte de sua frota já esteja rodando em áreas urbanas restritas, com expansão gradual conforme os resultados. Musk também deixou claro que a empresa pretende explorar esse modelo em outros países a partir de 2026.
Especialistas destacam que a movimentação da Tesla é arriscada, mas coerente com a visão futurista da marca. Se os táxis-robôs forem bem recebidos, poderão consolidar a liderança da empresa no setor de tecnologias autônomas. Por outro lado, falhas técnicas ou resistência regulatória podem comprometer ainda mais o desempenho financeiro da companhia nos próximos trimestres.