Presidente da República Jair Bolsonaro conversa por telefone – Foto: Isac Nóbrega/PR
Quem, como esta colunista, acredita que Twitter, Facebook e Instagram agiram de forma arbitrária ao banir Donald Trump de seus domínios, poderá em breve se ver obrigado a defender Jair Bolsonaro.
O presidente americano foi punido, de acordo com as empresas, por violar regras internas de conduta (sempre genericamente descritas, como lembra o professor e filósofo Pablo Ortellado) que implicariam “incitação à violência” e “risco de provocar mais incitação à violência”.
Se a aplicação dos critérios para suspensão e banimento de usuários fosse objetiva – ou seja, caso ela se ativesse à letra das regras estabelecidas pelas plataformas— não só Trump como Bolsonaro estariam há muito fora do jogo. No caso do presidente brasileiro, só nos itens “publicação de desinformação que possa causar danos reais às pessoas” (Facebook e Instagram) e “conduta de propagação de ódio” (Twitter), o ex-capitão tica todo o gabarito.
Ocorre que até a invasão do Capitólio por trumpistas, as empresas que monopolizam as redes sociais não se pautaram pelo princípio da coerência — preferiram fazer vista grossa para muita gente. Prova disso é a extensa lista de “impunes” notórios, que inclui o aiatolá Ali Khamenei, Vladimir Putin e Nicolás Maduro, para ficar só na categoria dos chefes de estado. (…)
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