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Tijolaço: retomada da economia era balela para justificar golpe

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Do Tijolaço:

A manchete do caderno de Economia do Estadão deste domingo explica por que o conservadorismo econômico “jogou a toalha” da tal retomada econômica que só existiu nos discursos oficiais, nas colunas de jornal e, claro, na especulação financeira.

Na figura menor, o Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas, divulgado na sexta-feira, a prova disso: as quedas (…) revelam que há uma acentuação do declínio do Produto Interno Bruto deste que o “salvador” impeachment mudou radicalmente a política brasileira.

A política, ressalte-se, não a direção da política econômica, porque Joaquim Levy a conduzia da mesma forma contracionista que agora se faz, onde cortar, como num açougue, é a “resposta” aos problemas do país.

Na comparação do terceiro trimestre de 2015, o PIB de julho-agosto-setembro de 2016 apresentou queda de 3,0%. Mas é preciso lembrar que isso se deu sobre uma medição que, no ano passado, caiu 4,5% sobre período igual de 2014. A queda, acumulada, beira os 7,6%.

A crua realidade é que, com este grau de ociosidade e sem perspectiva de redução do custo de capital, não haverá nada sequer perto do nível necessário para impulsionar qualquer recuperação. Muito ao contrário.

Na própria reportagem do Estadão, narra-se a incrível situação da fábrica da Honda em Itirapina (SP), por fechada, apesar de pronta desde o ano passado e que, segundo o presidente da Honda do Brasil, Issao Mizoguchi, pode ficar “ainda um ano ou mais parada, não sabemos”.

(…)